tag:blogger.com,1999:blog-55667162282847496902024-03-13T09:49:14.668-07:00acaciasmaniaLitahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-12738946243575009322011-04-08T11:50:00.000-07:002011-04-18T14:41:47.560-07:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Ik3se-F02D8/TayvpMwY2CI/AAAAAAAAAJk/Gx9lbB01WbU/s1600/131.JPG"><img style="WIDTH: 239px; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597041559248361506" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-Ik3se-F02D8/TayvpMwY2CI/AAAAAAAAAJk/Gx9lbB01WbU/s320/131.JPG" /></a> <br /><div><br /><div align="justify">Março e Setembro: os meses dos meus encantos </div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 239px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597038348356533570" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-Ah5u2nxWAlw/TaysuTQHvUI/AAAAAAAAAJc/fdHuyp8fqH4/s320/118.JPG" /> <br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Há meses que nos marcam. Eu tenho dois que, curiosamente, se uniram para me darem vida: março e setembro. Deram-me vida em vários andamentos. Porém todos eles em <em>allegro</em>. No primeiro andamento, março chegava com a promessa de primavera e, lá para a frente, uma fuga vertiginosa, a que os antigos deram o nome de feira. (Sempre pensei que o nosso rei que criou as feiras teve a melhor ideia de todos os tempos... Chegava feira de março à cidade, invariavelmente, no dia 25 e lá permaneceria até ao dia 8 de abril, mais coisa menos coisa... Que alegria! Quase sempre coincidia com as férias da Páscoa e as meninas poderiam sair, à tarde, sozinhas. À noite, mais ou menos vigiadas pelos olhares de adultos. Os carrocéis! O circo! Os carrinhos! Ai os carrinhos!... (Foi aí que mostrei pela primeira vez a alguém(que iria ser a minha Vida) que com as meninas não se brinca...) O circo fazia-me viajar ao mundo imaginário com os palhaços que falavam um linguajar esquisito (quase nunca entendido) e que eram capazes de deitar fogo ou água pelo nariz ou pelo peito. Porém, não compreendia a razão pela qual era quase sempre o palhaço rico que tocava os instrumentos mais bonitos enquanto o palhaço pobre tocava instrumentos menos vistosos e dos quais quase não se percebia a beleza dos sons. (Mais tarde percebi. Foi lá para os finais dos anos 60... Ah! Já me lembro. Foi depois do mês de Maio de 1969. Isto é que é ter memória. Agora há muito boa gente que não se lembra de nada). </div>E os chimpanzés que andavam de bicicleta e comiam batatas fritas? E os cavalos que dançavam com tanta elegância? Mais tarde, iria recordar os cavalos dos circos Luftman numa belíssima apresentação de "los cavallos andaluzes" a que assisti em Cádiz... Não! Não esqueci os pachorrentos elefantes que, desajeitadamente, mudavam a posição das valentes patas numa presunção de bailado... Também gostava dos trapezistas... Muitas vezes fechava os olhos para não ver uma eventual queda. Não gostava mesmo nada era do número dos pratos chineses porque se partiam muitos e, por certo, seriam caros... <br /><div align="justify">Finalmente, coroando o encantamento do circo, chegava, muito calmo, um senhor vestido de preto, acompanhado por uma senhora e vá de fazer aparecer e desaparecer tudo num ápice! Da sua cartola saíam flores que, uma a uma, compunham aquilo a que o mágico (muitas vezes o grande Conde de Aguillar) chamava o Jardim de Alá. Para mim, a apoteose era mesmo o número dos lenços coloridos. Que maravilha! Deveria ser muito rico aquele senhor que tinha tantos lencinhos de cetim que esvoaçavam na pista. Uma noite aconteceu que um voou até pertinho de mim, mas estava lá um arrumador que, zelosamente, o levou para dentro. Outra coisa que eu não compreendia era que, havendo música, ninguém cantava... Pensamentos de menina, que sabia letras de canções francesas da Piaff, do Charles Trenet,do Aznavour, para já não falar da música brasileira e dos tangos argentinos... Foram precisos alguns anitos para, já com uma filha a meu lado, ter o prazer de ouvir cantar no circo a então muito conhecida canção dos Platters <em>Only You </em>. Nessa altura, a feira já não era em Março, eu já não acreditava nos mágicos... já tinha medo dos carrinhos de choque e o carrossel deixava-me com a cabeça à roda. De uma coisa nunca deixei de gostar: das peças de feitas de barro bem ao gosto popular (com exceção dos galos de Barcelos). Março perdeu o encanto da feira. Resta-lhe ser o mês do Dia da Mulher e do Dia do Pai... Basta-lhe ser o mês da Primavera e o mês da VIDA. Depois da Feira, toca a pensar no Verão, o que significava céu azul, mar, areias douradas e os amigos da Praia. Pois é! Havia os amigos do Inverno, da escola, do liceu, das idas ao cinema no domingo à tarde e havia os amigos do Verão, que nos escreviam aí uma vez por mês e que nos esperavam na praia dos meus encantos... <em>Quando eu vou prá Nazaré...meu coração se enobrece por ver que esta terra é aquela onde tudo esquece </em>Setembro transformava-se num mês mágico, num tempo de liberdade... A praia dos meus encantos era uma praia pequenina com rochas, com muita gente no verão e com vida própria e diferente no inverno. A praia dos meus encantos tinha mar calmo e mar alteroso... Tinha tradições bem fortes ligadas à pesca e tinha muitos barcos e pescadores. Tinha mulheres que haviam sofrido a perda dos maridos, dos filhos ou dos irmãos... A praia dos meus encantos transformava-me em Setembro numa borboleta colorida que esvoaçava o dia todo: de casa para a beira mar, da beira mar para casa, de casa para as rochas, das rochas para o banho de mar, do banho de mar para o banho de sol... De casa para o Monte Branco. Do Monte Branco para casa ...De casa para a Foz e da Foz para a Praia do Norte... De casa para aqui ... de casa para ali...Dali para acolá... raia dos meus encantos...</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">A praia dos meus encantos ficou para sempre ligada a Setembro- o mês da minha Vida. </div></div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-21513055053335348092011-04-07T14:29:00.000-07:002011-04-09T14:35:26.419-07:00Sonho<a href="http://4.bp.blogspot.com/-F7kIsyqWFWU/TZ46z-wwhQI/AAAAAAAAAI4/8sB6DttpI8c/s1600/031.JPG"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-F7kIsyqWFWU/TZ46z-wwhQI/AAAAAAAAAI4/8sB6DttpI8c/s320/031.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5592972451935978754" /></a><br /><br /><br /><br />Se eu fosse uma flor, gostaria de ser uma violeta, uma orquídea, um jasmim...ou um simples malmequer do campo...desde que cumprisse a missão de ser flor. <br />Se eu fosse um rio, gostaria de ser o rio da minha terra, ou da terra em que vivi ou da terra que visitei... Um rio, simplesmente. Fonte de vida.<br />Se eu fosse o mar, gostaria de unir os povos sem exceção...<br />Se eu fosse uma pedra, gostaria de ser um pedaço de mármore rosa, azul ou branco que não precisasse de ser moldado para ser belo...<br />Como nunca serei um rio, ainda hei de brincar com uma pedra rosa, azul ou branca e sonhar que viajo num barquito por sobre as águas do rio da minha terra, ou da terra em em que vivi, ou da terra que visitei...<br />Chegarei ao mar num dia azul para mais tarde desembarcar numa praia calma com muitas pedras azuis, rosas e brancas que hão-de transformar-se em flores.<br /><br /><br />PS - Uma amiga sugeriu-me um título qué é ele próprio um poema em prosa: «Aromas de piedras y ríos en mi sueño azul»<br /><br />Gracias AmigaLitahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-7678517410109478752011-04-04T09:57:00.000-07:002011-04-11T10:27:59.052-07:00SE...<br /><br />Se a tristeza me bater à porta, como sou muito educada, dir-lhe-ei que entre, mas logo a seguir digo que não... Que não tenho tempo de atendê-la ... <br />E vou ver as flores do meu jardim...<br /><br />Se a monotonia me bater à porta, dir-lhe-ei que entre, mas depois digo que não...Que não tenho tempo de atendê-la...E vou brincar com a Flor, que há de esperar no meu jardim...<br /><br />Se a angústia me bater à porta... nem sequer lhe direi que entre. Espreito pela janela e direi que não tenho tempo e que...nem sequer a convidei. «Com licença, Senhora, vou ver os meus Gatos e o meu jardim...<br /><br />E mesmo que esteja frio e o vento sopre com força, se senhoras desta estirpe quiserem importunar-me, há sempre tanto que fazer...Os livros, as viagens e acima de tudo o amor! <br /><br /><br /><br /><br />Posted by Lita at 9:26 AM 0 comments Saturday, November 29, 2008<br /><br />É Inverno <br /><br />Está frio! A chuva teima em não parar. É o Inverno que chega! <br />Hoje, resolvi zangar-me com este senhor friorento e rabugento.<br />A temperatura baixou? Veste-se mais um casaco. Chove? Não saio de casa. O vento sopra forte? De casa não saio. Este ano, (apesar da crise, apesar dos atentados, apesar das intempéries, apesar dos pesares),decidi olhar para os pés de jasmim que já querem florir, olhar os tapetes de violetas que, aqui e além, já estão salpicadas de minúsculas flores, ver as minhas gatas, que brincam despreocupadas e ficar contigo, que gostas de me ver sorrir. Pois é! Tomei a resolução de não me preocupar com o frio. O pior é que as resoluções fazem-se e desfazem-se... Estou ao computador e as mãos gelam...Olho para o calendário e vejo que Novembro está no fim. Já há embrulhos nos armários. Nas ruas, (sempre apesar dos pesares), cintilam lâmpadas. Não vale a pena fugir ao reinado do senhor das paragens nórdicas que passeia a sua obesidade mórbida nos centros comerciais de todo o mundo (dito civilizado). É NATAL e no Natal há frio, mas há lareira. Há neve, mas há presentes. As famílias reunem-se, mas nem todos estão contentes... E eu? Eu? Apesar da crise, apesar dos atentados, apesar das intempéries, (apesar dos pesares),decidi olhar para os pés de jasmim que já querem florir, olhar os tapetes de violetas que, aqui e além, já estão salpicadas de minúsculas flores, ver as minhas gatas que brincam despreocupadas e ficar contigo, que gostas de me ver sorrir.<br />Já é quase Natal <br /><br />Posted by Lita at 10:20 AM 1 comments Labels: Inverno <br />Tuesday, April 8, 2008<br /><br /><br /><br />Hoje... <br />Hoje é para ti que escrevo...<br />Hoje recordo o rio da minha cidade que não se encontra com outro, mas que propiciou encontros...<br />Hoje relembro sussurros meigos que não são de raizes de sumaumeiras, mas de plátanos com folhas incipientes...<br />Hoje recordo os murmúrios de águas que não se encontram com outras nem têm igarapés nem agapós...<br />Hoje não tenho dezasseis anos, mas ainda sou a mesma menina tonta que se revê nas águas, sejam elas do Liz ou do Amazonas. <br />Posted by Lita at 12:23 PM 1 comments Home Subscribe to: Posts (Atom) acaciasmania <br /><br />Blog Archive<br />▼ 2011 (1) <br />▼ April (1) <br />SE...<br />► 2008 (2) <br />► November (1) É Inverno<br />► April (1) Hoje...<br /> About Me<br />Lita <br />View my complete profileLitahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-81331481685418748202011-02-27T08:17:00.000-08:002011-04-07T15:36:16.848-07:00Chegaram, chegaram... as andorinhasHá dois tempos. Há o tempo da cor, da luz, do sorriso... Há o tempo das nuvens, da chuva e das lágrimas... Esses dois tempos vivem junto de nós. A um chamamos primavera, verão, alegria... Do outro dizemos que mora no escuro do outono, no frio do inverno, nos nossos dias tristes. As andorinhas vêm acabar com o tempo escuro, triste e frio e trazem a esperança da cor, da luz e do sorriso.
<br />Tu vieste hoje trazer a boa nova da chegada das andorinhas
<br />Talvez não saibas que, quando eu era muito, muito menina, <em>Elas</em>, as tuas duas avós me cantavam assim: "Chegaram, chegaram. Já cá estão as andorinhas, o tempo da primavera, o tempo das florinhas..." Uma delas, a mais alegre e misteriosa, que eu agora comparo com a Quina da SIBILA, corria a procurar a agenda e marcava o dia da chegada. Ainda me lembro de duas datas: <em>23 de fevereiro </em>(ai que falta nos faziam já),<em>13 de janeiro</em>(que bom já cá estão!). Aquelas duas mulheres viviam num tempo comandado pela nesga de uma janela da casa onde nasceste.
<br />Talvez não saibas também que o conselho directivo de uma certa escola secundária aprovou uma moção a favor da permanência dos ninhos das andorinhas nos beirais e, para que constasse se lavrou em acta... Foi nos anos 70 e, contraditoriamente, essa escola tinha por vizinhos Pedro e Inês na Quinta das Lágrimas...
<br /> Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-91625502092583125492010-10-11T15:24:00.000-07:002010-10-11T15:31:17.182-07:00BRANCA FLORHá já uns anitos, um jovem avô fez uma promessa ao seu neto: «Hei-de reescrever-te a história da Branca Flor. Qualquer dia faço isso…» O tempo passou, passou e nada. E não é que chega a Flor num dia quente de Agosto?... E não é que também a ela pode aplicar-se a pergunta que ireis ouvir ao longo da história? – Branca Flor, estás pronta? Mas não nos percamos para não ficar tudo pelo caminho. <br />Já que o avô não passou a escrito o conto tantas vezes recontado e ouvido, vou eu saldar a dívida na esperança de que a tradição não se perca. Ora lá vai.<br />Como em todas as histórias tradicionais, há uma menina linda e boa. Poderia chamar-se Laura, ou Margarida, ou Filipa, ou Ana, ou Rita ou Catarina. Mas não! Chama-se simplesmente BRANCA FLOR ! Há um papagaio que a acompanha sempre. (Poderia também ser um macaco chamado Chico…) Há uma pomba pura e branca. Há um pai tirano. Há um pretendente a marido, que é velho, feio, gordo e rico. Contudo, a menina, que era linda como o Sol, só queria passear pelos bosques sem se preocupar com casamentos forçados. Ela sabia bem o que queria. Um belo príncipe viria de Granada para a libertar da opressão paterna.<br /> No dia do seu aniversário, o pai disse-lhe: Branca Flor. Hoje temos visitas. Vai para o teu quarto. Veste o teu vestido novo e , quando eu te chamar, deverás estar pronta para descer. Branca Flor temia este dia. Fechou-se no quarto com os seus amigos leais – o papagaio e a pomba. Só eles lhe podiam valer. Diz-me, papagaio, que posso eu fazer contra a vontade do meu pai. Ajuda-me por favor! Diz-me, pomba branca , que posso eu fazer para sair daqui?<br />O papagaio e a pomba não precisaram de palavras para se entenderem. A amizade por Branca Flor uniu-os de imediato. Então o Louro (assim chamavam ao papagaio) sussurrou algumas palavras ao ouvido da menina enquanto a doce e pura pomba branca saía pela janela voando na esperança de encontrar auxílio. <br /> Branca Flor, estás pronta? - vociferou o pai. Estou a vestir o meu vestido novo, senhor meu pai . Papagaio, vem pomba? Nem pomba nem sombra!, amiga Branca Flor! Uma segunda investida do pai: Branca Flo…o…or, estás pronta? Estou a calçar os meus sapatos. E uma vez mais a mesma pergunta ameaçadora: Branca Flor, estás pronta? E sempre as mesmas respostas amedrontadas: que estava a pentear-se; que estava a lavar-se; que estava a compor a capa; que estava a pôr o chapéu… E sempre a mesma pergunta angustiada: Papagaio, vem pomba? E sempre a mesma resposta não desejada: Nem pomba nem sombra! Os gritos do pai misturavam-se com os soluços da menina , entrelaçando as palavras: Estás pronta? Vem pomba? Nem sombra… De repente o silêncio. Depois o pai ameaça: Vou contar até três e, se não desceres, arrombarei a porta do teu quarto.<br /> Pela última vez, desesperada, Branca Flor sussurra: Papagaio vem pomba? Batendo as asas de alegria o papagaio responde: Vem pomba e vem sombra . Vem o teu príncipe, montado no seu cavalo branco. Vem o rei, seu pai, e toda a sua gente! <br />E o vento lá fora repetia: <br /> <br /> Vem pomba, sem sombra! <br /><br /> Vem pomba, sem sombra! <br /> Vem pomba, sem sombra! <br /><br /> Branca Flor ! <br /><br /> Branca Flor ! <br /> <br /> Branca Flor !<br /><br /><br /> Então, as amendoeiras encheram-se de flores brancas que juncaram o chão por onde passará BRANCA FLOR.Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-28348378294445489832010-08-25T06:09:00.000-07:002010-08-25T07:21:55.472-07:00A Flor Chegou! Mais uma para o clã!<a href="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/THUh0AZrF4I/AAAAAAAAAIY/iS3PvamTtIg/s1600/RUA_DA~2.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 96px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/THUh0AZrF4I/AAAAAAAAAIY/iS3PvamTtIg/s200/RUA_DA~2.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5509346896502265730" /></a><br />Agora só escrevo quando vale a pena. Agora vale muito a pena: Vale a pena, porque nasceu uma FLOR!<br />Esta não será a <em>carta para a minha avó</em>, mas a carta da tua avó que vais conhecer e que espera vir a ensinar-te muitas coisas. Não te aflijas que não serão coisas aborrecidinhas (essas são para aprenderes noutros sítios que eu não digo). Irei ensinar-te a olhar o Mar, a Lua e as Estrelas. Irei contar-te como foi o dia em que nasceste. Irei contar-te como foram os dias felizes da nossa família... Irás ver as minhas flores. Poderás brincar com os nossos gatos que já sentiram que tu chegaste. Talvez te ensine a ler (se me pedires). De certeza, de certeza: irás ouvir a história da Branca Flor e da Vaquinha Vitória, o Bicho Vai, o Arre Burrinho... Quando fores maiorzinha, aprenderás a gostar de Brell, do Chico e do Vinícius. Pedirás à tua mãe que te cante O Coro das Velhas enquanto lhe fazes orelhadas (Vinga-me Flor....) A tua mãe sabe muita coisa. Se acaso se atrapalhar,(os psicólogos às vezes são complicados), pergunta à Tia Guidinha ou mesmo à Tia Catty (se a apanhares a jeito...) Ao Vô Lito tens muito que perguntar... Sabes uma coisa? Ele foi o primeiro cientista que conheceste. Não te esqueças disso... Há outros e outros(as) virão, mas ele foi o primeiro! <br />Olha: não fiques aflita se deres um trambolhão e torceres o teu pezinho. O teu Pai sabe tratar disso...<br />Agora um segredo que não podes contar a ninguém: Nós somos a Família mais linda do Mundo e tu és a nossa FLOR!Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-30133696915818932152009-01-18T07:58:00.000-08:002011-04-11T11:45:19.800-07:00Quando acaba o Inverno, Mamã?Ainda ontem me perguntavas: <em>Quando acaba o inverno, Mamã?</em> Tu sabias que, no Inverno, os teus fatinhos não tinham flores. Tu sabias que, no Inverno, os girassóis estão escondidos lá longe, para além das montanhas...<br />Ainda ontem me perguntavas: <em>Quando vamos comprar um vestido igual ao da Porcina?</em><br /><em>Eu gosto tanto dos vestidos da Porcina, Mamã!</em><br />Já nem lembro bem quem era a Porcina. Só sei que era uma personagem interpretada pela grande actriz brasileira Regina Duarte, cuja indumentária agredia qualquer um. <br /><em>Eu quero ver a loja das noivas, Mamã! Olha aquele tão lindo!</em><br />Pois sim! Era o mais barroco!<br /><em>Eu quero um vestido novo, Mamã!<br />Quando acaba o inverno, Mamã? </em>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-28937588560115981492008-12-25T09:34:00.000-08:002008-12-25T09:54:08.260-08:00Hoje é dia de Natal. O dia está quase no fim e não sinto aquela tristeza de menina que sabe que no dia seguinte já não há prendas nem risos. O dia está quase no fim e eu estou feliz porque vi crianças felizes sorrindo. Estou feliz porque começo a aprender que o meu papel no mundo, sem ser um sucesso, foi o de uma personagem que cumpriu as marcações e que só re-presentou os textos de que gostava, mas que, por vezes, se alongam em escuridão indesejada. Não importa. São escolhos passageiros que não chegam para fazer trepidar as tábuas firmes do palco. <br />Hoje é dia de Natal. O dia está quase no fim e eu estou quase feliz. Amanhã não haverá prendas nem risos de crianças, mas não sinto o frio do Inverno, antes penso na Primavera que há-de chegar para me lembrar que a Vida é para ser vivida e não para nos magoarmos com elaLitahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-68417665771771923992008-12-01T06:00:00.000-08:002008-12-01T06:48:42.523-08:00Obrigada!Há senhores (e senhoras) que nem sentem o frio...Falam, falam, falam... As suas palavras são tão sem graça, tão vazias que é coisa de meter dó, como dizia Gil Vicente. Emitem opinião sobre tudo, de forma arrogante, ligeira e feia. Principalmente feia! E a nossa televisão dá-lhes crédito: E ainda há quem os ouça e perca tempo a comentá-los. Até eu (mesmo sem querer).<br /><br />Há Senhores e Senhoras que sentem o frio dos outros...As suas palavras irrompem numa voz quente, bem modelada, sem deixar de ser natural. As suas palavras são matizadas de cores fortes com recortes poéticos. Falam pouco. Ouvem muito. Esquecem-se de si próprios para darem voz aos outros. As suas palavras escondem-se nos problemas do Outro com quem estabelecem um diálogo de olhares, que não se vêm, mas se pressentem (A menina entende...a menina sabe...).<br />Obrigada Luís pelo trabalho que desenvolves.<br />Obrigada Miriam pelo trabalho a que nos habituaste.<br />Vocês são os jornalistas que eu gostaria de ter sido.Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-70238103448050862092008-12-01T05:18:00.001-08:002011-04-11T13:04:22.599-07:00E o frio que não acaba!...Há pessoas que parecem não ter frio e se julgam sempre os reis do Mundo. É vê-los na televisão debitando opiniões sobre tudo e todos (ou quase todos, porque sobre mim não emitem qualquer opinião, felizmente. O frio das suas palavras é bem mais acutilante que o frio que se sente lá fora. As suas palavras são «tão sem graça, tão vazias, que é coisa de meter dó", como dizia Gil Vicente. Deixemos o que é gelado, e vamos para o que a nossa televisão tinha (tem)) de bom. De vez em quando, lá nos apareciam programas como a Câmara Clara. De vez em quando, lá nos aparecem retalhos de vidas em bairros quase esquecidos pelos tais senhores (ou senhoras) que parecem não ter frio. De vez em quando, somos (éramos) brindados com reportagens de outras paragens da Europa, que nos fazem pensar que, quando queremos, somos bons. De vez em quando, a voz bem timbrada e a criatividade de Luís Gouveia Monteiro mostram-nos que ainda há bons jornalistas.Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-63229114325426677532008-11-30T09:25:00.000-08:002008-11-30T11:49:40.891-08:00Os meus Gatos e eu<a href="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/STLuO8rq1uI/AAAAAAAAAGk/tdrUmtxu508/s1600-h/002.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/STLuO8rq1uI/AAAAAAAAAGk/tdrUmtxu508/s200/002.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5274540054179141346" /></a><br />Por engano, criei em Abril outro espaço bloggiano. Por deformação profissional, acentuei as acácias e, pronto, neste mundo de erros ortográficos, as acácias foram parar a outro jardim. Como os meus leitores (poucos, mas bons) não estavam informados sobre o meu preciosismo ortográfico, privei-os da leitura destes textos e proporcionei-lhes umas bem merecidas férias no Brasil, no Algarve, em Lisboa, no Reino Unido(?)... Gosto de saber onde param os meus leitores. Gosto de os ter perto de mim. Gosto de saber onde estão e o que fazem. Gosto quando dizem que leram, gosto quando escrevem. Digam bem ou digam mal... O que importa é que digam.<br />Depois de ter dado esta informação, só me resta continuar com as minhas deambulações com uma periodicidade mais ou menos regular.<br />Ando e desando e não deixo de pensar nos meus gatos. Que pena eles ainda não terem aprendido a ler. Quando isso acontecer, eles serão os meus críticos acérrimos. <br />Eles não lêem, lá isso não! Falar, falam! Dizem tudo o que se passa no seu pequeno mundo. Estão contentes? Dizem-me. Estão zangados? Dizem-me. Falta água ou comer? Dizem-me. Querem dormir? Dizem-me. Eu entendo-os e eles entendem-me. Quase nunca nos zangamos porque eles confiam em mim e eu confio neles. Eu já cheguei a pensar que a cumplicidade, existente entre nós, só pode ser fruto da ausência de sentimentos mesquinhos que, por acaso, possam povoar a alma humana. Será?! De facto, eles não correm atrás do dinheiro fácil. Nunca os ouvi falar mal uns dos outros. Quando não gostam, arranham e bufam. Nunca dei conta que andem preocupados em se atropelar uns aos outros para subirem na vida. Não consta que se deixem influenciar por ninguém para se esquecerem da grande amizade que nos une. Em suma: vivemos em paz!Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-2978549523720990952008-05-10T07:25:00.000-07:002008-12-01T12:46:37.453-08:00MaioHoje está frio. <br />Maio não deve ter sido feito para o frio, mas às vezes acontece...<br />Recordo muitas vezes um fim de tarde de Maio em que a chuva caía abundantemente e eu com a I. atravessámos a cidade, onde vivíamos, para irmos a casa de um colega (muito especial) buscar o enunciado de um teste que havia saído na turma dos rapazes. Havia uma chance de sairem algumas questões semelhantes. A I. ia pelo teste, eu ia pelo tal colega que, de tão especial, ainda colhe flores no meu jardim, brinca com as minhas gatas, gosta de Pernambuco e... tem paciência para me aturar, vivendo para mim.<br />Hoje está frio. E eu gosto de Maio quente.<br />Recordo uma cidade, muito antiga, em que as meninas inventavam coisas para sair de casa e uma delas era nada mais que ir para a ponte, onde, sob um sol ardente contávamos as camionetas que vinham de Fátima. Sabíamos de cor os nomes das empresas rodoviárias: Moisés, Douro, Deus, José Maria dos Santos... O nome mais bonito, contudo, era EVA. Que lindo! A primeira mulher tinha dado o nome a uma empresa de camionetas... Se calhar a nossa primeira mãe também gostava de viajar...A imaginação, à solta, daquela menina, que eu era, pulava pelas praias de mão dada com Eva que tão depressa tinha os cabelos longos e louros como, inexplicavelmente, se transformava na única Eva que conhecia: uma colega da escola primária, muito morena, de cabelos curtos, muito tímida e que talvez não gostasse de maçãs e tivesse medo de serpentes... Foram precisos muitos anos para que o encantamento do nome EVA se desfizesse: Empresa de Viação do Algarve... Acabou-se a magia do nome como se tinham acabado as contagens das camionetas.<br />Hoje está frio. <br />Maio tem que ter flores. Tem que ser garrido e alegre. Tem que justificar o seu étimo latino. Logo, Maio deve ter calor...<br />Hoje está frio. <br />Eu já não vou buscar enunciados de testes a casa de um special boy. Mesmo que estivesse calor também já não contaria as camionetas vindas de Fátima nem me deixaria encantar pela magia de uma sigla...Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-25178736478296093192008-05-07T08:04:00.000-07:002008-05-10T09:00:26.628-07:00E tudo a falha tecnológica levou...O meu computador adoeceu gravemente!<br />Um mal desconhecido fê-lo parar bruscamente. Foi internado de urgência...<br />Exames sofisticados desde cateterismos a sintigrafias, com intervenções cirúrgicas à mistura para extracções de orgãos absolutamente necessários.<br />Enfim chegou a casa. Vinha contente. Andava rapidamente, havia mudado de visual. Enfim, modernices tecnológicas - pensava eu.<br />O pior estava para vir. Nas tais intervenções cirúrgicas, todo o seu cérebro tinha sido amputado de órgãos absolutamente necessários. Cadê o o Skype?! Cadê o Panda?! Cadê os registos acumulados que quase nunca serviam, mas que eram o labor de alguns anos da minha vida?! NADA!<br />Esta falha tecnológica produziu em mim alguns ataques de estupidez. Rugi,barafustei, descabelei-me...<br />Fiz o luto:<br />Primeiro apliquei-lhe cirurgias de reconstituição: Toma lá um Skype... Toma lá um Panda... Toma lá um Sapo!<br />Depois... a medo... liguei a NET. Lá estava tudo: os blogs, os mails... Ah! Tirem-me tudo, mas não me tirem o meu correio electrónico com os endereços das lojas de artigos para os meus gatos, as mensagens das pessoas queridas, e... maluquice das maluquices... os bilhetes electrónicos das viagens feitas e a publicidade daquelas que nunca se irão fazer.<br />Moral da história: Foi o caos na ordem ou a ordem no caos! Já nem sei! A tal borboleta provocou um recuo de alguns anos quando perdi "papéis" que nunca lia. É como diz o outro: «Perder também é bom!»Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-37975433388412064112008-04-12T09:16:00.000-07:002008-04-12T09:42:39.501-07:00HojeTuesday, April 8, 2008<br /><a name="5435758678436077654"></a><br /><a href="http://acciasmania.blogspot.com/2008/04/hoje.html">Hoje...</a><br />Hoje é para ti que escrevo...Hoje recordo o rio da minha cidade que não se encontra com outro, mas que propiciou encontros...Hoje relembro sussurros meigos que não são de raizes de sumaumeiras, mas de plátanos com folhas incipientes...Hoje recordo os murmúrios de águas que não se encontram com outras nem têm igarapés nem agapós...Hoje não tenho dezasseis anos, mas ainda sou a mesma menina tonta que se revê nas águas, sejam elas do Liz ou do Amazonas.<br />Posted by Lita at <a class="timestamp-link" title="permanent link" href="http://acciasmania.blogspot.com/2008/04/hoje.html" rel="bookmark">12:23 PM</a> <a class="comment-link" onclick="" href="http://www.blogger.com/comment.g?blogID=6793919637931053499&postID=5435758678436077654">0 comments</a> <a title="Edit Post" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=6793919637931053499&postID=5435758678436077654"></a><br />Subscribe to: <a class="feed-link" href="http://acciasmania.blogspot.com/feeds/posts/default" target="_blank" type="application/atom+xml">Posts (Atom)</a>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-10510903227213129802008-04-08T12:37:00.000-07:002011-04-11T13:12:53.634-07:00<span style="color:#000000;">Tuesday, April 8, 2008 </span><a name="5435758678436077654"></a><a href="http://acciasmania.blogspot.com/2008/04/hoje.html"><span style="color:#000000;">Hoje...</span></a><span style="color:#000000;"> Hoje é para ti que escrevo...Hoje recordo o rio da minha cidade que não se encontra com outro, mas que propiciou encontros...Hoje relembro sussurros meigos que não são de raizes de sumaumeiras, mas de plátanos com folhas incipientes...Hoje recordo os mumúrios de de águas que não se encontram com outras nem têm igarapés nem agapós...Hoje não tenho dezasseis anos, mas ainda sou a mesma menina tonta que se revê nas águas, sejam elas do Liz ou do Amazona. </span><span style="color:#000000;">Posted by Lita at </span><a class="timestamp-link" title="permanent link" href="http://acciasmania.blogspot.com/2008/04/hoje.html" rel="bookmark"><span style="color:#000000;">12:23 PM</span></a><span style="color:#000000;"> </span><a class="comment-link" href="http://www.blogger.com/comment.g?blogID=6793919637931053499&postID=5435758678436077654"><span style="color:#000000;">0 comments</span></a><span style="color:#000000;"> </span><a title="Edit Post" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=6793919637931053499&postID=5435758678436077654"></a><span style="color:#000000;">Subscribe to: </span><a class="feed-link" href="http://acciasmania.blogspot.com/feeds/posts/default" type="application/atom+xml" target="_blank"><span style="color:#000000;">Posts (Atom)</span></a><span style="color:#000000;"> </span>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-70907478805060997092007-05-05T04:33:00.000-07:002008-12-08T23:00:30.326-08:00A minha Prima Vera<a href="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rjx74nLhy_I/AAAAAAAAAEI/yGiVsV6kvHo/s1600-h/Liceu+Rodrigues+Lobo+259.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5061056293777820658" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rjx74nLhy_I/AAAAAAAAAEI/yGiVsV6kvHo/s200/Liceu+Rodrigues+Lobo+259.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Eu tenho uma Prima que se chama Vera. </div><div align="justify">A minha prima Vera, às vezes, vem ver-me e outras vezes esconde-se, não sei onde, para eu não a ver. Eu gosto muito dela e do irmãozito que está para nascer, no mês que vem. Ele vai chamar-se Verão e mais não sei porque todos da família do lado da minha Prima Vera estão zangados comigo porque eu troquei-lhes as voltas e fui para outro hemisfério, ou seja, fui visitar outro ramo da família e vim de lá com muitos sinais exteriores de riqueza climática, isto é, andei a trabalhar para o bronze e fiquei moreninha antes do tempo. É que eles não sabem que o tempo não existe e que podemos fazer dele muitas coisas. Lá isso podemos, se não nos trocarem as voltas...</div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-77472323815939825062007-04-22T07:22:00.000-07:002007-04-22T09:24:23.565-07:00SOS TV!<div align="justify">Ontem tive um sonho! Ou seria um pesadelo?! Entrei na sala e, vai daí, vi uma rapariga desgrenhada, aos saltos... De um momento para o outro transformou-se em freira... </div><div align="justify">Fez-se luz! O panorama social e político do nosso País ia mudar. As nossas crianças iriam ter um espaço televisivo à medida das suas necessidades, enquanto crianças. Apesar de saber que se tratava de uma nova edição de uma série desengraçada, ainda tive esperança de que, agora, nesta Primavera que mais parece um Outono, surgisse qualquer coisita que não tratasse mal as inteligências dos nossos meninos e meninas... </div><div align="justify">Não! Isto ainda é pior que dantes! </div><div align="justify">«Não sejas tão exigente!» - disseram-me ao ouvido os meus botões. «Fica mais um bocadinho!» - continuaram eles! </div><div align="justify">Lá fiquei. E que vi eu?</div><div align="justify">Uma antologia de desrespeito pelas mais elementares regras de convivência. </div><div align="justify">Um jardim de flores artificiais e murchas. </div><div align="justify">Um manual de humor primário e desinteligente.</div><div align="justify">Mas... </div><div align="justify">Sobe as audiências...</div><div align="justify">Mas... </div><div align="justify">Sobe a craveira mediática de uns tantos...</div><div align="justify">Mas... </div><div align="justify">Faz movimentar milhões!</div><div align="justify">Mas... </div><div align="justify">Ainda há quem não mude de canal e vá, por exemplo, para o <em>National Geografic...</em></div><div align="justify">Eu, que em tempos, julgava saber um pouquinho de teoria e práticas educativas e de comunicação, comecei a revolver-me no sofá e tapei os olhos e os ouvidos a uma das minhas gatinhas para que nem ela visse nem ouvisse tantas bacoquices...</div><div align="justify">Lembrei-me do Manifesto Anti Dantas. Desliguei o televisor e fiz: PIM!</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-40963314489573979812007-04-18T10:08:00.001-07:002008-12-08T23:00:30.462-08:00O Tempo não existe<div align="justify">O Tempo não existe. </div><div align="justify">O <em>amor</em> e a <em>dor</em>, <em>o</em> <em>eu</em> e o<em> outro</em>, juntam-se numa ilusão, ora boa ora má, ora de luz ora de sombras, a que chamamos Tempo. São estes quatro pólos que nos fazem girar, de acordo com a força que, <strong>Nós</strong>, imprimimos a cada um deles. </div><div align="justify">Estamos agora sob o domínio da <em>dor </em>e do <em>eu</em> que giram na sombra. </div><div align="justify">Não amamos os outros. </div><div align="justify">Deixamos crescer a violência e a hipocrisia. </div><div align="justify">Permitimos que a mentira subjugue a luz. </div><div align="justify">Passamos indiferentes perto da fome e do sofrimento que matam os mais pequenos. <a href="http://1.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RiZluFwAlmI/AAAAAAAAAEA/e-5VVSffwIU/s1600-h/rua+das+ac%C3%A1cias++14+Abril+2007.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5054839474261890658" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RiZluFwAlmI/AAAAAAAAAEA/e-5VVSffwIU/s200/rua+das+ac%C3%A1cias++14+Abril+2007.JPG" border="0" /></a></div><div align="justify">Em nome de um Deus, que responsabilizamos pela nossa cegueira, fechamos os olhos e, de olhos fechados, caminhamos num tempo sem luz.</div><div align="justify">Quando olharmos para uma Flor e virmos nela a harmonia, quando olharmos para o Outro e virmos nele essa Flor, então poderemos estar a querer subjugar a mentira com a luz e a transformar a dinâmica do Tempo</div><div align="justify">O Tempo não existe. Nós existimos no Tempo.</div><br /><div align="justify"></div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-18409686061361858032007-04-16T08:41:00.000-07:002008-12-08T23:00:30.924-08:00Está lá tudo!<div><br /><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RiOtX1wAljI/AAAAAAAAADo/qz9NQUnKrfU/s1600-h/DSC00039.JPG"></a><br /><br /><div align="justify"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RiPD_VwAllI/AAAAAAAAAD4/tCcj7lz0Y4o/s1600-h/fotos_natal_2004+001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5054098699777513042" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RiPD_VwAllI/AAAAAAAAAD4/tCcj7lz0Y4o/s200/fotos_natal_2004+001.jpg" border="0" /></a>Está lá tudo! </div><div align="justify">Procura bem e vês a varanda onde te rebolavas cheio de sono! </div><div align="justify">Procura bem e vês o palheiro (até conseguirás ver a gata, agora já com a sua família constituída e numa versão mais sofisticada)!</div><div align="justify">Procura bem e vês o relógio na <em>casa de fora,</em> a banca junto da lareira</div>Procura bem bem e vês as árvores floridas e as oliveiras vestidas de um verde triste..<br /><div align="justify">Procura bem e vês os ninhos e vês os passarinhos!</div><div align="justify">Fecha os olhos e procura bem. Hás-de ver as mãos que te cuidaram, que te ensinaram a ver o mundo à sua medida: a medida da justiça e da bondade.<a href="http://1.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RiOv81wAlkI/AAAAAAAAADw/ImMw5JZLiJw/s1600-h/DSC00032.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5054076666595284546" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RiOv81wAlkI/AAAAAAAAADw/ImMw5JZLiJw/s200/DSC00032.JPG" border="0" /></a></div><div align="justify">Procura bem e verás a loja, sentirás a sua frescura... </div><div align="justify">Continua a procurar e verás um outro esteio da tua vida que também se foi, mas ainda te sorri.</div><div align="justify">Escuta bem e ouves os rouxinóis e os melros. </div><div align="justify">Escuta bem e ouvirás a música dos pinheiros que ondeiam da mesma forma.</div><div align="justify">Escuta bem e talvez ouças a melodia da água da fonte e o sussurrar da água do ribeiro...</div><div align="justify">Procura bem e vês todos os cantos e recantos da tua infância. Agora eles estão coloridos pelas alegrias de toda a tua vida, pelo teu sucesso, pelo teu querer...<br />Está lá tudo! </div><div align="justify">Procura bem e encontrarás a tua infância reconstruída no mesmo pequeno (grande) mundo onde nasceste. </div></div></div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-19860793511649427532007-04-15T06:44:00.000-07:002007-04-16T04:24:10.451-07:00Os meus gatos e as crianças<div align="justify">Seriam os meus gatos felizes sem me verem? Seriam os meus gatos felizes se, em cada manhã, não tivessem colo e cuidados de higiene?</div><div align="justify">O que seriam os meus gatos se não falasse com eles, se não lhes ralhasse quando fazem maldades? Nem quero pensar...Contrairiam doenças, seriam agressivos e até perigosos. Deixavam de ser os meus gatos...</div><div align="justify">Então pergunto agora: serão felizes as crianças que não têm colo nem cuidados de higiene? Serão felizes as crianças se não se falar com elas, se não se corrigir o que, às vezes, fazem errado? </div><div align="justify">Para muitas crianças o conceito de felicidade é muito diferente do dos meus gatos que não são violentos porque não têm violência à sua volta, não roubam porque têm tudo o que precisam, são meigos porque sentem que são amados. </div><div align="justify">Por que razão me lembrei agora de Caetano Veloso e da canção <em>Menino do Rio?</em> </div><div align="justify">Porque razão guardo na memória tantas imagens do filme <em>Central do Rio</em> (protagonizado por Fernanda Montenegro e que, curiosamente, vi em Estocolmo)?</div><div align="justify">Por que razão guardo na memória tantas imagens televisivas de meninos, com armas na mão, a serem treinados para a guerra?</div><div align="justify">Parece-me que vivemos num mundo em que quase não há crianças porque todos falamos delas e poucos as queremos como eu quero os meus gatos. Com amor.</div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-43050835832968491352007-04-09T07:43:00.000-07:002007-04-09T08:17:46.553-07:00Os meus meses<div align="justify"> Abril é o mês forte para a mudança. Em todos os campos. Em todos os cantos e recantos das nossas vidas há sempre trans-formação se soubermos (e quisermos) refrutificar o que nos rodeia e não deixar morrer as esperanças nascidas em meses de Abril distantes. A Natureza ajuda-nos com a sua própria renovação, apesar da chuva e do vento que persistem em fazer com que esqueçamos que o Inverno passou. </div><div align="justify">Sinto-me hoje um pouco voltada para os lugares-comuns, mas não faz mal. Gosto de Abril, de Maio, de Junho, de Julho, de Agosto, de Setembro, de Dezembro... Gostaria de hibernar em Outubro e Novembro, porque são cinzentos, indefinidos. Não gosto de Janeiro: é longo e frio. Não gosto de Fevereiro: deixou-se enganar pelos seus parceiros e ficou com menos dias para se divertir no Carnaval. Viva Março! Anuncia a Primavera, a alegria de renascer. Dia da Mulher e Dia do Pai! Viva Março! Viva Abril! Viva Maio!</div><div align="justify"> </div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-38847514613682171792007-03-30T10:08:00.000-07:002008-12-08T23:00:31.455-08:00Brasiliando...<div align="justify">Há tanto tempo! Os chorinhos da Chiquinha Gonzaga com que me adormeciam sempre que uma amigdalite me atormentava...<br />Há tanto tempo! Aquelas canções, agora repescadas pelas telenovelas: <em>Tá aí, Eu fiz tudo pra você gostar de mim...</em> </div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rg6nV_f26YI/AAAAAAAAADY/lRg6L9gOZaA/s1600-h/Brasil+mata+atlântica+2005+17.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5048156228593052034" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rg6nV_f26YI/AAAAAAAAADY/lRg6L9gOZaA/s200/Brasil+mata+atl%C3%A2ntica+2005+17.jpg" border="0" /></a>Há tanto tempo! Era eu uma menina de escola quando passava as horas da minha solidão a ouvir os baiões do Ceará na voz de Luís Gonzaga...<br />Há tanto tempo! Acordava ao som de<em> Eu tava na peneira, eu tava peneirando</em> e de <em>Olá mulé rendeira , olá mulé rendá</em>, que eu eu iria "re-ouvir" em 2004 pelas vozes quentes e lentas das rendeiras do Ceará, numa praia perto de Fortaleza.<a href="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rg6lAPf26WI/AAAAAAAAADI/nzv5cREtCjI/s1600-h/diversos+148.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5048153655907641698" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rg6lAPf26WI/AAAAAAAAADI/nzv5cREtCjI/s200/diversos+148.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Há tanto tempo! A bossa nova. Tom Jobim, Vinicius, Chico Buarque, Ellis, Caetano, Betânia, Gall e mais e mais e mais...Toda a minha cultura musical se ancorou, principalmente, na música brasileira.<a href="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rg6mLPf26XI/AAAAAAAAADQ/cflCZl1i2gw/s1600-h/diversos+286.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5048154944397830514" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rg6mLPf26XI/AAAAAAAAADQ/cflCZl1i2gw/s200/diversos+286.jpg" border="0" /></a><br /></div><br /><div align="justify">A terra e as pecularidades do Português do Brasil, fruto da fusão cultural e da tropicalidade, chegaram até mim pelas histórias que se contavam a propósito de uma tia, que havia vivido em Pernambuco, mas principalmente por via da música e da literatura. </div><br /><div align="justify">Há cerca de 20 anos, fiz a primeira visita ao Rio de Janeiro. A música estava em tudo: nos olhares, no bater das ondas da praia de Copacabana, no andar das "garotas" de Ipanema, nas cores fortes das acácias, das brumélias, das boganvílias eou dos hibiscos. Que deslumbramento! Passeei pelo centro histórico. Andei na Rua do Ouvidor, visitei a Candelária, sempre acompanhada pelas palavras de Machado de Assis. Passei ao Municipal, olhei a Baía de Guanabara, andei no calçadão, fui ao Jardim Botânico... Atravessei a ponte e almocei em Niterói. Ainda pela mão de Machado "subi" a Petrópolis. Junto da Faculdade de Direito, pensei em Alencar. Só passados muitos anos, visitaria Fortaleza.<a href="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rg6om_f26ZI/AAAAAAAAADg/D7fmrhh-BmI/s1600-h/recuperação+de+fotos+034.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5048157620162455954" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rg6om_f26ZI/AAAAAAAAADg/D7fmrhh-BmI/s200/recupera%C3%A7%C3%A3o+de+fotos+034.jpg" border="0" /></a></div><div align="justify">A segunda vez que estive no Rio de Janeiro, já foi uma visita pouco ou nada livresca. A beleza continuava,mas falava-se muito em violência, em assaltos em plena praia de Copacabana. Parecia impossível! " Ó Rita não deixes o boné!" "Ó Ana foge!" "Ai o meu chinelo!..."Não sei se foi uma tentativa de assalto, se foi o fim de um <em>arrastão </em>se foram os policiais que me quiseram proteger, a mim, turista incauta, de carteira aberta, a conversar com vendedor ambulante, (um galego de 72 anos que vivia no Brasil desde os vinte) pronta a receber o troco da compra de um modesto boné que a Rita havia comprado por seis reais.</div><div align="justify">Lá trazer o troco, eu trouxe, a Rita é que deixou o boné! O certo é que o susto - se o houve - passou e nós continuámos a passear, a fazer as compras, de noite nos camelôs, a frequentar as esplanadas, a beber água de coco nas barraquinhas da praia. </div><div align="justify">Nesta visita aprendi que a vida na Gávea, no Leblon ou na Barra passa pelo sofrimento daqueles que, ao escurecer, estendem, no chão, cartões para dormirem mesmo bem perto de condomínios fechados. A vida no Rio está também nos morros e nos olhos tristes das crianças que nos olham quando saímos do túnel, vindos do aeroporto. A vida no Rio esvai-se na Rocinha e em tantas outras favelas que, pelas condições a que estão sujeitas, geram ódios e violência.</div><div align="justify">E o Ceará? Parafraseando Gonzaga <em>no Ceará não há disto não, não há disto não!</em> Claro que fui ao Ceará, não pela mão de Alencar, mas guiados pela experiente Catarina. quisemos ver tudo. Percorremos quilómetros e quilómetros (algumas vezes à procura da entrada em Fortaleza!) Comparámos topónimos: "Olha Messejana! Há igual no Alentejo!" "Olha Cascavel! Também há no Paraná!" Andámos na praia (eu e a Catty). Foi andar até não aguentar mais para chegar ao parque eólico... O Lito quis trocar de carro no estacionamento do Iguatimi e os donos viram. Foi uma paródia que serviu para fixarmos o número do lugar: B12. Assim mesmo, como a vitamina. Passeámos nas dunas, escutámos a música que nos invade, misturada com os aromas vindos dos grelhados. Estivemos com as rendeiras (até elas terem toalhas e <em>caminhos</em>). Quase chorei com as canções dos poetas repentistas.Da cidade recordo as cores vivas do mercado, os passeios à beira mar. E as vezes que passámos pela Avenida Dummont, lembram-se? Que saudades! Hei-de voltar um dia, qualquer dia...</div><div align="justify">Nestas viagens desordenadas, deixei para o fim o Sul do Brasil. Deixei para o fim as araucárias que me enfeitiçaram ao ponto de ter comprado uma semelhante. Deixei para o fim O Paraná e Santa Catarina.</div><div align="justify">A minha primeira viagem ao Paraná foi marcada pela aventura vivida nas Cataratas de Iguaçu. Perante o I (água) Guaçu (grande) e o vais não vais que se rebolava dentro de mim, eu lá fui ... Só nunca cheguei a entender a reazão pela qual alguns companheiros de viagem soltavam estridentes gargalhadas sempre que o frágil barquinho se enterrava nos fundões do rio, enquanto eu, pequenina, quase sufocava com a força da massa líquida que se despenhava abruptamente sobre nós. Bendito <em>macuco!</em> Conseguiste que eu superasse os meus medos! </div><div align="justify">Do Paraná revivo, ainda, a Serra do Mar, enfeitada de hortências,brumélias e orquídeas; a Mata Atlântica e a sinfonia de verdes que guardo nos meus sentidos; a viagem a Morretes, o barriado e Maria Fumaça e sempre, mas sempre a beleza exótica do verde escuro das araucárias que nos estendem os braços: E Curitiba? Diferente: acolhedora sem exuberância, calma sem monotonia, culta sem pretensão, nobre sem vaidade. Diferente.</div><div align="justify">Apenas uma pincelada num quadro solto, mas agarrado ao meu olhar: Santa Catarina: a lagoa, as praias e Florianópolis, a candidata a rival do Rio de Janeiro.</div><div align="justify">Se eu algum dia fugir, já sabem onde me procurar (por ordem alfabética): Ceará, Floripa, Maputo, Rio de Janeiro e Carvalhal do Norte. Já agora também em Gambelas do Sul, sempre tem jacarandás e Acácias. </div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-636455213410832732007-03-29T06:12:00.000-07:002008-12-08T23:00:32.041-08:00Talvez amanhã...<div align="justify">Oiço Zeca Afonso. </div><div align="justify">Regresso ao passado em que, para mim, o melhor lugar era aquele em que eu não estava.</div><div align="justify">Há tempos assim. Há dias assim. Tudo é efémero: tudo passa, mas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">contraditoriamente</span> tudo volta.</div><div align="justify">O Zeca diz que o «vento é meu amigo também», mas este vento não é meu amigo. Gela e fustiga mesmo as mais belas flores. Olho em frente e pouco vejo. O vento tudo arrasta e o frio pode secar as flores.<br /></div><div align="justify">Recebo um mail. Sorrio. De facto, «qualquer um poderia ficar triste e desmotivado». Só tu para, na hora certa, te lembrares de me enviar a mensagem certa.</div><div align="justify">Há horas em que não é fácil lutar contra o tempo. Há minutos que duram horas incertas. Será que o tempo parou e eu não percebi?<a href="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rgvlw_f26MI/AAAAAAAAAB4/JyxkZookzLg/s1600-h/Rua+das+acácias+glicíneas+e+jasmim+2007+002.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5047380437240309954" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rgvlw_f26MI/AAAAAAAAAB4/JyxkZookzLg/s200/Rua+das+ac%C3%A1cias+glic%C3%ADneas+e+jasmim+2007+002.jpg" border="0" /></a></div><div align="justify">Não! </div><div align="justify">Os meus gatinhos ainda olham </div><div align="justify">para mim e provocam as minhas brincadeiras. </div><div align="justify">Não!</div><div align="justify">Há de novo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">glicínias</span> em flor e o jasmim é, cada dia, mais branco e cheiroso. Apesar do vento...</div><div align="justify">Amanhã talvez não sopre o vento <a href="http://1.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rgvlwff26LI/AAAAAAAAABw/J4TJtrFCTbs/s1600-h/Rua+das+acácias+glicíneas+e+jasmim+2007+006.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5047380428650375346" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/Rgvlwff26LI/AAAAAAAAABw/J4TJtrFCTbs/s200/Rua+das+ac%C3%A1cias+glic%C3%ADneas+e+jasmim+2007+006.jpg" border="0" /></a>nem o frio gele. Talvez... também eu vá «num barco à vela (...) cantando e dançando»...</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-37493715381618777562007-03-26T06:23:00.000-07:002008-12-08T23:00:32.538-08:00Comparando...<div align="justify"><br /><br />Maputo e Nilo são irmãos africanos.<br />Do Nilo sabemos lendas e mitos.<br />Do Maputo conhecemos as suas gentes, a doçura do seu olhar, o riso das crianças.<br />No Nilo vive-se talvez ainda o <em>estava escrito.</em><br />No Maputo<em> </em>luta-se com a esperança na voz e nas cores, apesar da dureza dos elementos e dos fantasmas da guerra que teimam em espalhar destruição.<br />Maputo e Nilo são meus irmãos.<br />A pureza dos olhares e a portugalidade que habita na linguagem do povo moçambicano atraem-me mais que os olhos tristes e profundos do povo egípcio.<br />Maputo e Nilo são meus irmãos.<br />As cores vivas e quentes dos trajes das mulheres e a luz do pôr do sol são mais fortes que a atracção que em mim exercem as pirâmides.<br />Junto ao Maputo fui <em>menina-mulher</em> durante alguns meses e revisitei-o, já <em>mulher-menina</em>, durante alguns dias. <a href="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RgfiVjOWjvI/AAAAAAAAABo/V3Zh9pCTI3o/s1600-h/Egipto.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5046250767352499954" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RgfiVjOWjvI/AAAAAAAAABo/V3Zh9pCTI3o/s200/Egipto.jpg" border="0" /></a><br />Junto ao Nilo a mulher conseguiu tornar viva toda a milenar história que aprendera em menina.<br />O Nilo deu aos grandes uma história grandiosa, apesar de triste e sofrida. <a href="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RgfiUzOWjuI/AAAAAAAAABg/WFb0vZaE0_k/s1600-h/viagem+a+moçambique+2007+058.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5046250754467598050" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_VpnvrcWh000/RgfiUzOWjuI/AAAAAAAAABg/WFb0vZaE0_k/s200/viagem+a+mo%C3%A7ambique+2007+058.jpg" border="0" /></a><br />Maputo está a construir uma obra para as mulheres e homens moçambicanos.<br />Amo o Nilo pelo seu passado que me esmaga. Temo o seu futuro.<br />Amo Maputo pelo presente. Quero (e creio) a (na) construção do seu futuro.</div>Litahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5566716228284749690.post-8965420001509467942007-03-25T06:46:00.000-07:002007-03-25T06:50:38.282-07:00Vitória do NiloO Nilo ganhou ao Oceano.<br />Olhar o mar já não me atrái.<br />O mar nunca foi deus!<br />O mar separa.<br />O Nilo ...<br />Une os homens ao deserto.<br />O mar destrói a terra.<br />O Nilo...<br />fecunda-aLitahttp://www.blogger.com/profile/04537757005611447841noreply@blogger.com2